Tutores precisam estar atentos ao bem-estar dos pets em altas temperaturas
Reprodução/PixabayA atenção com a saúde dos pets deve ser redobrada durante o verão. O clima quente e úmido da estação pode trazer riscos ao bem-estar dos bichinhos, além de causar sofrimentos.
É preciso reforçar os cuidados básicos: evitar deixar os animais em locais muito quentes, disponibilizar comida e água fresca e estar atento às altas temperaturas do dia. O calendário de vacinação e o controle de parasitas também merecem uma atenção extra por parte dos tutores.
Desidratação e queimaduras
Respiração ofegante, língua de fora e dificuldade para caminhar são sinais que o pet não está bem. Os passeios não devem acontecer entre 8 e 16 horas, período de altas temperaturas. Além de uma possível desidratação, o animal pode queimar as pantufas das patas. Então, fique atento ao chão - seja areia, calçadão da praia, rua ou caminho de pedestres - e só coloque o bichinho no piso em que você também se sinta confortável descalço.
O mesmo vale para o carro, o bichinho jamais deve ficar preso no automóvel enquanto o tutor sai para fazer compras.
Vacinas em dia
Seja gato ou cachorro, cada animal é único. De acordo com o veterinário Marcio Barboza, a imunização deve ser feita a partir do estilo de vida, raça, comportamento, idade e a região em que o pet mora.
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É importante promover a ida preventiva ao veterinário para que o especialista possa acompanhar a saúde do animal
Reprodução/PixabayNo entanto, a imunização por meio da vacina não é a única forma de manter os animais seguros. O tutor também deve se informar com um veterinário sobre outras doenças que precisam de prevenção contínua, como a leishmaniose.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é líder nos casos da doença no continente, representando aproximadamente 96% do total de casos.
“A propagação da doença acontece a partir da picada do mosquito-palha infectado, que pode picar o cão e também as pessoas que com ele convivem. Pode causar problemas dermatológicos até o falecimento do pet”, explica Barboza.
Para evitar a aproximação do mosquito, é recomendado o uso de uma coleira especial que, após ser colocada no pescoço do cão, começa a liberar um princípio ativo.
Parasitas e doenças dermatológicas
Consideradas as vilãs da estação, as pulgas são capazes de causar doenças e grandes incômodos. O veterinário explica que, mesmo que a pandemia tenha reduzido os passeios e contato dos pets com outros bichos, ainda assim é possível atrair os parasitas.
Para evitar a dor de ouvido, é preciso secar bem as orelhas do cão após o banho ou brincadeiras na água
Reprodução/PixabayAlém da típica coceira, a picada de pulgas ou carrapatos também pode causar doenças dermatológicas, como a dermatite, que fica ainda mais grave durante o verão por causa da umidade excessiva na pele.
“Produtos antiparasitários que contém o princípio Fluralaner podem ser de grande auxílio na prevenção das dermatites provocadas por ectoparasitas. Eles deixam o animal por mais tempo livre de pulgas e carrapatos”, diz o profissional.
É importante que o ambiente onde o animal vive também passe por uma limpeza com produtos de longa duração e eficácia imediata contra os parasitas.
A temida dor de ouvido
Os passeios na praia, mergulhos na piscina e banhos com maior frequência podem trazer mais que diversão para os cães. O excesso de água ou umidade pode provocar otite, que é a temida dor de ouvido. A doença, se diagnosticada no início, pode ser tratada com uma medicação que dura em média 7 dias.
“Além de secar bem as orelhas do animal, é preciso levá-lo ao médico-veterinário ao menor sinal da inflamação, como dor, secreção ou coceira na orelha”, aconselha Barboza.
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