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O Dia Mundial da África, celebrado nesta quinta-feira (25), tem o intuito de homenagear e lembrar da importância desse continente, que tem uma natureza tão rica e vasta. Em se tratando da fauna, a África tem o privilégio de ser o berço dos chamados Big five— ou os Cinco grandes, em português. "Big five é um termo antigo, utilizado por volta do século 19 por caçadores na África, referente aos cinco animais mais valiosos e perigosos para atirar e matar, principalmente na caça a pé. São eles o leão, o leopardo, o rinoceronte, o búfalo e o elefante. Muitas celebridades, desde presidentes americanos até a realeza europeia, viajavam para a África para caçar esses animais", conta Bruna Silva Galera, bióloga e professora de ciências
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Com o passar dos anos, os ambientalistas e donos das reservas do continente se deram conta de que estavam sendo sacrificados os seus maiores tesouros. Atualmente, luta-se cada vez mais pela preservação das espécies e natureza. Com isso, os Big five viraram a grande atração de safáris na África, que incentivam o turismo consciente, e agora são alvo de bons cliques. "O turismo se apropriou do termo para campanhas de marketing e, hoje em dia, muitos dos passeios são direcionados para a observação desses animais", explica Bruna. Saiba mais sobre esse grupo tão grandioso
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Considerados os reis da selva, os leões-africanos atraem olhares por sua beleza e agilidade. São os únicos felinos que vivem em grupos e considerados mais sociáveis. Infelizmente, a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) estima que restam menos de 25 mil leões no continente, motivo pelo qual a organização os classifica como vulneráveis à extinção
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O elefante-africano é um dos símbolos mais emblemáticos do continente. Um estudo publicado em janeiro por Stephen Blake, professor de biologia da Universidade de Saint Louis (França), diz que devido à caça ilegal, muitas espécies deste mamífero estão ameaçadas de extinção. "Dez milhões de elefantes já percorreram a África. Agora, existem menos de 500 mil, em populações geralmente isoladas", diz a publicação
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A África do Sul mantém quase 80% da população mundial de rinocerontes, mas o país se tornou um local de caça furtiva, alimentado pela demanda na Ásia, onde os chifres são usados na medicina tradicional por seus supostos efeitos terapêuticos e afrodisíacos. Apesar disso, o número de rinocerontes mortos diminuiu entre o ano passado e 2023, devido a programas para retirar os chifres dos animais, maior vigilância e mais colaboração entre as autoridades em sua conservação, segundo o Ministério do Meio Ambiente sul-africano
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O animal mais ‘elegante’ do grupo, o leopardo-africano é territorialista e tem uma vida solitária. Caçador habilidoso, discreto e ágil, pode atingir cerca de 60 km/h e tem um salto invejável. Por ser noturno, as oportunidades de avistá-lo são melhores após o pôr do sol
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Os búfalos-africanos são os bichos mais temidos dos ‘Big five’. Ficam bastante agressivos quando sentem sinais de perigo — costumam atacar em grupo — e também impressionam por sua estatura e tamanho dos chifres