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Saiba como Rita Lee se tornou tutora de três jaguatiricas

A cantora sempre foi defensora da causa animal e chegou a ter diversos bichos ao longo de sua vida

RPet|Do R7

Rita Lee e suas jaguatiricas, Ziggy e Guna
Rita Lee e suas jaguatiricas, Ziggy e Guna Rita Lee e suas jaguatiricas, Ziggy e Guna

Rita Lee, além de ser considerada a rainha do rock nacional, era conhecida por sua paixão pelos bichos. A cantora, que morreu na última segunda-feira (8), em São Paulo, aos 75 anos, participava de diversas ações em prol dos animais, chegou a escrever livros com esse tema e também foi tutora de cachorros, gatos, ratos, tartarugas, peixes... e até jaguatiricas.

Rita contou no livro Rita Lee: uma Autobiografia, lançado em 2016, como o primeiro selvagem felino foi parar em sua casa. Batizada de Guna, ela foi presente de uma fã no aeroporto de Fortaleza.

“Uma mulher simpática se chegou com uma caixa e botou na minha mão, assim sem mais explicações. Pensei que fosse muamba, sabe como é fama de músico. Muito melhor, era uma minioncinha, ou gato-do-mato, ou maracajá, como é chamado por lá. Naquele tempo era permitido fumar em avião e também levar filhote de jaguatirica no colo. Sentei perto de um senhor atrevido que, vendo meu bichinho, disse: ‘Você não quer me dar isso para fazer um casaco de pele para minha filhinha?’ ‘Só se antes o senhor der sua filhinha para minha oncinha comer.’ Uma fêmea, devia ter dias de vida, mas já mordia feito gente grande”, contou Rita em um capítulo.

A artista levou a jaguatirica para sua casa e quem acabou se apaixonado pelo bicho foi o seu pai, Charles Fenley Jones.

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“[Charles] Construiu uma megagaiola no quintal e passava horas junto da ‘onçaaaaa’ como ele a chamava, ao que ela imediatamente respondia com um grunhido selvagem. Me Charles, you Onça. Um dia, Chesa [Romilda Padula Jones, mãe de Rita] teve a infelicidade de abrir a gaiola para trocar a água e Guna avançou na sua perna, rasgando um filé daqueles que precisou levar ponto e tudo. Como eu não parava em casa, ficou evidente que a oncinha só permitiria a meu pai entrar na jaula, ou seja, ele era só dela e ela era só dele, ninguém mais. Nessas, dancei feio”, relatou Rita.

Charles cuidou de Guna durante toda a sua vida. A jaguatirica morreu semanas depois de o pai de Rita falecer, em 1983.

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Ziggy & Martha

Já Ziggy e Martha foram resgatadas por Rita de um petshop, em que eram maltratadas. “Minhas novas filhas-jaguatiricas invocadinhas, que adotei num pet shop onde serviam de chamariz para atrair fregueses. Eu já tinha experiência com onças, não é mesmo?”, brincou a cantora em sua autobiografia — vale ressaltar que jaguatiricas, espécie do gênero Leopardus, e onças são animais diferentes.

Quando Rita foi presa em 1976, durante a ditadura militar, passou duas semanas na cadeia e depois foi condenada a um ano de prisão domiciliar, as duas jaguatiricas foram soltas em uma reserva florestal, “depois de adotadas por um veterinário amigo que as reeducou para sobreviverem na natureza”, como narrou Rita em seu livro.

É possível ser tutor de uma jaguatirica?

Atualmente, o Ibama não autoriza ter uma jaguatirica como um animal doméstico, pois pode pôr em risco a população. Apesar de não estar na lista de espécies ameaçadas de extinção, a população de jaguatiricas sofreu uma queda drástica entre os anos de 1950 e 1980, devido à caça, que não é mais permitida em virtude de sua pele.

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