Professora da UFRRJ diz que animais ficam estressados no calor
UMUT DAĞLI/PexelsÉ comum que dias muito quentes deixem os indivíduos estressados, e essa não é uma característica isolada das pessoas. As altas temperaturas causam esse tipo de desconforto tanto para os humanos quanto para os animais, sejam domésticos, sejam de produção — como bovinos, ovinos, caprinos, suínos, equinos, coelhos, galinhas e outras aves. Isso mostra que todos estão sujeitos a perigos provocados pelo calor extremo. Com isso, fica evidente a importância de estar sempre atento à saúde do bicho.
A professora Ana Lúcia Puerro de Melo, do Instituto de Zootecnia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), indicou esse fato à Agência Brasil e lembrou que, caso o bicho fique irritado, é importante procurar um veterinário. "Todos eles estão sujeitos a estresse com essas ondas de calor tão extremas."
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"No caso de animais de produção, o nível de estresse de calor é bastante grave. A depender da espécie e da raça, pode aumentar a taxa de mortalidade", diferenciou.
De acordo com a publicação, mesmo os animais que vivem em galpões, que são ambientes com sombra, enfrentam um calor excessivo, que pode contribuir para ampliar o índice de mortalidade.
Para os animais de produção, Ana Lúcia explica que o correto é não estressá-los em momentos de maior pico de temperatura e deixá-los em repouso. "Se você notar que o animal diminuiu a ingestão de comida, deve tentar compensar isso no momento em que a temperatura diminui, com colocação de novo alimento fresco para incentivar a compensação dos períodos de calor", ensinou.
No caso de cães e gatos, uma alimentação com umidade maior pode ser oferecida. "Apesar de ser muito similar ao que se recomenda para os seres humanos, como diminuir a atividade, a movimentação, isso serve também em relação ao manejo dos animais, manter o fluxo de água limpa e fresca, para que isso estimule o consumo. Serve para eles e para nós também", comentou.
