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Baixas temperaturas afetam o pet? Saiba causas e como identificar a gripe em cães e gatos

Veterinários explicam quais os tratamentos e contam que existem vacinas para evitar a doença

RPet|André Barbeiro*, do R7

Cachorro usando cachecol
Cachorro usando cachecol Cachorro usando cachecol

Quando a temperatura abaixa é muito comum os humanos terem gripes, problemas respiratórios, crises de rinite ou sinusite. Os cães e os gatos têm o mesmo problema? Eles sentem as mesmas coisas? São afetados diretamente? De acordo com o veterinário André Nunes de Souza, em entrevista ao RPet, os animais não são afetados diretamente pelo frio.

"As baixas temperaturas não afetam a saúde dos cães e gatos, o que interfere é a qualidade do ar nessa época, pois reduz, significativamente, a umidade e, assim como em humanos, temos o aumento das doenças de trato respiratório", diz.

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"Tem uma série de fatores que ajudam. As pessoas acabam usando mais roupas, o que gera uma proliferação de ácaros, por exemplo. Sempre falo que quando o ar-condicionado está ligado em 17°C não há problemas para o animal. O problema está no ar ficar direto no animal, o vento ir nos olhos e nariz dele", ilustra.

Ricardo F. de Pauli, que é veterinário comportamentalista da Comporvet, afirma ainda que há raças de cães e gatos mais sensíveis ou tolerantes ao frio.

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"Os cães possuem um mecanismo de termorregulação diferente que os seres humanos e que os permitem tolerar temperaturas ambiente abaixo daquela tolerada por humanos. Cães de raças adaptadas a climas frios, como huskies siberianos, malamutes do Alasca e São Bernardos, possuem pelagem densa e camadas de gordura que os ajudam a suportar temperaturas mais baixas. Já cachorros de raças pequenas, com pelos curtos e menos camadas de gordura, como chihuahuas e dachshunds, são menos tolerantes ao frio e podem sentir desconforto ou risco de hipotermia em temperaturas mais baixas. Para essas raças, temperaturas abaixo de 10°C podem ser consideradas baixas demais para exposição prolongada", detalha.

Como identificar?

Os especialistas contam que os principais sinais que ajudam identificar a gripe em cães e gatos são o cansaço, secreção nasal, perda de apetite, espirros, tosses e até a conjuntivite.

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"Existem outros sinais menos específicos, sempre sendo importante o contato com o médico veterinário mediante a alguma mudança em seu comportamento habitual", alerta André.

Quais as principais doenças?

André explica que existem algumas doenças, associadas à gripe, que são recorrentes para cães e gatos. No caso dos cachorros, eles comumente sofrem de traqueobronquite infecciosa, que é um processo inflamatório que acomete a traqueia e os brônquios.

"Em gatos é mais comum uma rinotraqueite viral, que é uma doença respiratória. Como se trata de algo viral, o meio de transmissão é como a gripe de humanos, de animal para animal", comenta.

Ricardo complementa que é sempre fundamental o tutor ficar atento ao desenvolvimento da enfermidade. "É importante observar se haverá a piora dos sinais clínicos, como ruídos respiratórios, tosse produtiva - mais conhecido como 'catarro' - ou dificuldade respiratória. Com isso, dependendo dos sintomas, pode haver uma evolução para quadros de broncopneumonia ou pneumonia", alerta.

Vacinas e medicamentos

Gripe canina pode ser evitada com vacina
Gripe canina pode ser evitada com vacina Gripe canina pode ser evitada com vacina

O tratamento varia conforme a espécie do animal, mas, de modo geral, existem medicamentos estratégicos. "Tratamos de acordo com a evolução da doença, usamos simples medicações antialérgicas, fluidificantes de secreções do trato respiratório ou até mesmo antibióticos em casos mais graves", diz André.

O médico veterinário elenca que para as enfermidades já citadas existe vacinação, o que previne o animal de sofrer aquele tipo de problema.

"No caso dos gatos, a vacina utilizada é a polivalente, que também previne outras doenças. Em cães é a vacina isolada contra gripe canina, que encontramos de forma oral, injetável ou intranasal. Todas as vacinas são aplicadas em clínicas veterinárias ou em atendimento médico veterinário domiciliar. Os valores variam de R$80 até R$150, em média, sendo diferenciados pelo tipo de vacina e laboratório fabricante", detalha.

André revela ainda que da mesma forma que acontece com os humanos, uma alimentação balanceada auxilia na prevenção da gripe canina e felina. "Ajuda a manter o sistema imunológico sempre reforçado a combater doenças. Cães e gatos que se alimentam com ração balanceada ou dieta natural elaborada por um nutrólogo veterinário, já possuem níveis ideias de vitaminas antioxidantes como a vitamina C", finaliza.

Roupas protegem os pets?

Ricardo e André concordam com a ineficiência dos pets usarem roupas neste período de baixas temperaturas. Os veterinários indicam que a utilização não previne o animal de doenças, mas afirmam que ajudam no bem-estar.

"A aglomeração pode favorecer a transmissão de gripes, como é visto em canis, abrigos ou em ambientes fechados com alto fluxo de animais, como banho e tosa, creches e hotéis. Porém, as roupinhas, cobertores e aquecedores, mesmo não sendo efetivos na proteção da gripe, geram conforto térmico aos pets durante o inverno", comenta Ricardo.

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*Sob a supervisão de Thaís Sant'Anna

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