A otite canina é, basicamente, uma inflamação ou infecção na orelha dos cães. Ela causa incômodo e dor ao animal, que se coça e pode até chegar a fazer feridas na pele. Esta enfermidade, que os humanos também podem ter, tem algumas variações, sintomas e formas de cuidar e até de evitar sem muita dificuldade.
Eloá Rodrigues, médica-veterinária especialista em dermatologia de cães e gatos, conta ao RPet sobre as principais causas da doença. "Em geral, essas autopatias de orelha estão relacionadas a doenças de pele, sendo que 75% são de causa alérgica", explica.
A veterinária integrativa Priscila Colomimo complementa a colega. "As causas podem ser infecções bacterianas ou fúngicas, objetos estranhos no canal auditivo", afirma.
Sintomas
A dermatologista explica que os sintomas podem variar entre a otite externa e a interna. "Na otite externa, são: coceira, dor, apatia, cheiro forte, mudança no cerúmen, que é a cera de ouvido, muita vermelhidão e a textura da pele pode estar mais grosseira. O animal dá esses sinais passando a cabeça nos móveis e coçando com a pata, por exemplo."
"Na otite interna, além de tudo isso, pode ocorrer também a perda da audição e outros sintomas neurológicos, como ficar com a cabeça virada para um dos lados e até perda de equilíbrio", continua.
Como evitar ou tratar?
Priscila diz que para evitar que o cão sofra com a otite é importante manter as orelhas do animal limpas e secas. "Especialmente após o banho", salienta. "Evite inserir objetos no canal auditivo do bicho, mantenha a higiene do cachorro, incluindo cuidados com a pele e controle alergias alimentares ou ambientais que possam desencadear a doença", aconselha.
Os especialistas concordam que para tratar essa enfermidade, a melhor forma é levar o pet ao veterinário e seguir as orientações do profissional. Marcelo de Souza Vertulo Medeiros, veterinário-dermatologista da Vetdermatologia, conta que este processo consiste no uso de alguns medicamentos.
"O tratamento consiste em terapia tópica com otológicos que contenham antibiótico, anti-fúngico e anti-inflamatório. Mas é importantíssimo consultar clínico-veterinário ou o dermatologista-veterinário", acrescenta.
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*Sob a supervisão de Thaís Sant'Anna