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Risco de demência em cães com mais de 10 anos aumenta quase 70% a cada ano

Estudo mostrou que a condição pode se apresentar a partir de dificuldades de aprendizado e falha na memória, e se diferencia em animais ativos

RPet|Do R7

Sinais da disfunção podem variar de perdas de memória a alterações no sono
Sinais da disfunção podem variar de perdas de memória a alterações no sono Sinais da disfunção podem variar de perdas de memória a alterações no sono

Assim como acontece com os humanos, a função cognitiva dos cães diminui ao longo da vida. Um estudo recente demonstrou que, considerando apenas a idade do animal, para diversos cachorros com mais de 10 anos a chance de desenvolvimento de DCC (Disfunção Cognitiva Canina) aumenta quase 70% a cada ano. 

Os sinais da condição são déficits de aprendizado e memória, perda de consciência espacial (percepção dos objetos ao seu redor e da posição do seu corpo naquele espaço), alteração nas interações sociais e interrupção dos padrões de sono, que podem variar desde quadros de insônia até pequenos intervalos de dez minutos, por exemplo.

A pesquisa, publicada na Scientific Reports, reuniu uma amostra de mais de 15 mil cães participantes do Dog Aging Project (DAP, na sigla em inglês), iniciativa que visa a compreender de forma detalhada o envelhecimento de cães e humanos. 

Os cientistas realizaram um teste de 13 questões com os donos dos voluntários, que avaliavam comportamentos como ficar presos atrás de objetos, andar de um lado para o outro e não reconhecer familiares. As respostas eram respondidas a partir da frequência desses acontecimentos, classificadas de 1 a 5, sendo 1 "nunca acontece" e 5, o máximo, "ocorre mais de uma vez por dia". 

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Além disso, algumas perguntas pediam aos donos para comparar a gravidade do comportamento atual de seu cão com a conduta de seis meses antes.

A pontuação mínima era de 16 e a máxima, de 80, e cães com mais de 50 pontos eram classificados como portadores de disfunção cognitiva canina.

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Quando os cientistas consideraram critérios de raça, problemas de saúde existentes, estado de esterilização (se o animal era castrado ou não) e prática de atividade física, notaram que as chances de desenvolvimento de DCC diminuíram de quase 70% para 52%.

Além do índice anual, ao avaliar cães da mesma idade, estado de saúde, raça e estado de esterilização, os pesquisadores também descobriram que as chances de DCC foram 6,47 vezes mais altas em cães que não eram ativos, em comparação aos muito ativos.

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A partir do equilíbrio entre idade, raça, nível de atividade e outras comorbidades, os pesquisadores concluíram que cães com histórico de distúrbios neurológicos, oculares ou auditivos apresentaram um risco mais alto de desenvolvimento de DCC.

Os dados fornecem base para um diagnóstico preciso de disfunção cognitiva canina, mas também trazem uma analogia importante sobre a DA (doença de Alzheimer) em humanos.

"Os paralelos observados entre a DCC e a DA humana sugerem que os cães que apresentam DCC podem oferecer aos pesquisadores um modelo animal valioso para estudar características de doenças neurodegenerativas que são relevantes, mas desafiadoras para pesquisas em populações humanas", explicaram no estudo.

E acrescentaram: "Além disso, cães com DCC podem servir como candidatos a estratégias preventivas e/ou terapêuticas de DA". 

Os cientistas, em conclusão, reconhecem a relevância dos estudos para a qualidade de vida dos cães, mas declaram que os resultados podem ter sido influenciados pelas mudanças drásticas de rotina ocorridas devido à pandemia de Covid-19, o que não exclui a veracidade dos dados apresentados.

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