Resumindo a Notícia
- Duas fêmeas da espécie macaco-prego retornaram à Mata dos Macacos.
- Uma fêmea ainda segue em tratamento e observação no zoológico.
- Animais foram resgatados após intoxicação.
- De 11 macacos, apenas três sobreviveram, e um inquérito foi instaurado para apurar o caso.
Duas fêmeas já foram tratadas e soltas na Mata dos Macacos
Reprodução / Prefeitura Municipal São José do Rio PretoDuas fêmeas da espécie macaco-prego retornaram à Mata dos Macacos, região rural do município de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, após terem sido resgatadas e encaminhadas para o zoológico municipal da cidade, devido a uma intoxicação.
Como consequência da agressão, as macacas ficaram fracas, anêmicas e desidratadas. Mas foram devidamente acompanhadas e tratadas, e a soltura aconteceu na tarde desta segunda-feira (29). Uma terceira fêmea segue em tratamento na instituição, com os mesmos sintomas apresentados pelas macacas que foram devolvidas à natureza. Ela está em estado estável, mas ainda não se encontra pronta para ser solta.
“A terceira macaca resgatada no local precisa de mais tempo no zoológico. Como ela teve o fêmur fraturado, precisou passar por cirurgia e ainda está em recuperação. Mas está em ótimo estado”, disse o veterinário e gestor do zoológico, Guilherme Guerra, à Prefeitura de São José do Rio Preto.
Além das três fêmeas que passaram por tratamento, na Mata dos Macacos foi encontrado ainda um filhote de macaco-prego morto.
O zoológico de São José do Rio Preto também recebeu quatro saguis-de-tufos-pretos com sinais de intoxicação, provenientes do Parque Ecológico Sul, dois no dia 3 e dois no dia 4 de agosto. Nenhum deles resistiu.
Outros três saguis chegaram no dia 8 deste mês sem sinais de intoxicação, mas com ferimentos decorrentes de agressões, e eles também não resistiram. No total, apenas no início de agosto, 11 macacos foram recebidos pelo zoológico com suspeita de terem sido vítimas de ações humanas, e apenas três macacas-prego sobreviveram aos supostos ataques.
A polícia instaurou um inquérito para apurar os casos, mas a principal hipótese é que os animais tenham sido atacados após registros de casos da varíola do macaco na região.
O aparecimento de animais intoxicados ou machucados só aconteceu a partir do aumento do número de infectados com a monkeypox. A suspeita é que a população tenha entendido, erroneamente, que a doença seja transmitida do animal para o homem.
A porta-voz da OMS (Organização Mundial da Saúde), Margaret Harris, destacou que a razão pela qual a doença recebeu esse nome foi o fato de os macacos terem sido os primeiros animais a manifestar sintomas da infecção, em 1957.
“A transmissão que estamos vendo é de humano para humano, é uma transmissão por contato próximo, e a preocupação deve se concentrar no que podemos fazer para nos protegermos e para proteger os demais", afirmou Margaret.